sábado, 7 de março de 2009

Botas pesadas, botas leves.

Então hoje eu tive um bom dia, que se transformou em mau, depois bom de novo, depois péssimo, depois ótimo e em seguida maravilhoso. Então não posso definir hoje bom ou ruim. Eu conheci um menininho no ponto de ônibus, então ele pediu pra eu não chorar, ele tinha argumento, disse que se eu chorasse minha maquiagem escorreria, ele tinha razão. Eu não chorei, até porque não tinha por quê. Então nós conversamos mais, ele me deu conselhos, tinha oito anos e quando ele disse que chamava Caio eu o abracei. Há tempo não conheço ninguém tão adorável e preocupado. Ele me disse que eu era linda e como tinha um quilo de maquiagem de clown na minha face eu acreditei. Ele parecia realmente gostar de mim. Nunca vi sorriso torto mais lindo ou sincero. E chegando em casa, digo, na casa da Jenny, me senti tão feliz de ter conhecido alguém assim e esse alguém ter me ajudado, porque ajudou, que não precisava de mais nada alegre pra dormir com as botas leves. Porém uma coisa absolutamente inesperada e feliz se anunciou e eu fiquei atônita de alegria, é mazomenos uma coisa "você só ficou braba porque quis, tonta", é mazomenos "você estava indo tão bem sem dramatizar". Mas eu explico pra mim mesma que não aceito o fato de magoar outras pessoas, dando assim o direito delas me magoarem o quanto quiserem e vendo que nem "podendo" elas conseguem ou o fazem, apesar de tentarem so hard, so sad.. Existem pessoas tão legais por aí, outras nem tanto e outras que eu preferia que não existissem. Há quem só fale sobre dejetos e isso é sério, mas ao mesmo tempo há quem te adore, nem que por cinco minutos e nunca mais. Deveria ter comprado aquelas três últimas balas, sou uma ingrata estúpida.

4 comentários:

L. disse...

"Deveria ter comprado aquelas três últimas balas, sou uma ingrata estúpida."
muito, muito bom.

tu escreves incrível. sem conjugação mesmo. :}'

dois beijos retribuídos.

Jenny Souza disse...

Ele era lindo, lindo..um anjo enfim. :)

Estela Carregalo disse...

Ah, Ferdi! Os pedidos pro relógio fazem parte da minha vida, e contamino todo mundo ao meu redor com isso, tipo:

- Estela, que horas são?
- Hm... 12:12! FAÇAM UM PEDIDO!

Tipo um berro mesmo. Quem me conhece já se acostumou. Não se pode desperdiçar pedidos hoje em dia! haha

(ok, comentário mais apropriado pro post passado que você falou disso, mas ok)

Ferdi disse...

Que bom que gostas, mesmo sendo eu uma ingrata estúpida.
Que bom que achas, gosto de como você escreve também, gosto muito.. (:

Três beijos hoje, Lu.

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Sorte nosa, não, Jen?
Sorte nossa!
:**

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É, eu também contamino todo mundo, volta e meia alguém vem me falar "agora não consigo ver horários assim sem lembrar de você", vitória em dobro, yes!
Defundo minha religião e as pessoas lembrar de mim, genial, haha. :**