terça-feira, 17 de março de 2009

Schopenhauer sem o poodle.

Então eu estava lá, eu passei a noite inteira gritando de dor - sinceramente acho que não me resta muito tempo de vida, enfim.. - e quando eu cheguei lá, como sempre, não fui lá muito bem recebida, mas é tradição e brincadeira. Tudo bem. Depois houve uma briga porque eu pedi pra eles pararem de gritar e fui mal interpretada por uma mãe que foi questionada sobre sua conduta com seus filhos. Tudo bem. Eu fiquei lá a tarde inteira, ia no médico mas minha cidade alagou, acabou a força e me comunicaram que não me levariam ao médico, eu disse que ia sozinha e não deixaram. Tudo bem, eu nem ia mesmo. Comecei a ficar braba. Então eu achei uma das coisas mais geniais que já vi, uma coleção chamada "Mestres da Música" que eu não sabia da existência, então eu me empolguei e comecei a falar sobre eles com minha tia e pedir encarecidamente uma vitrola e tudo mais, então ela disse "Mas esses aí são da Lê, ela já pediu de herancha - é a maneira imbecil como minha família se refere a heranças, enfim.. -, é dela", aí eu disse "Como é que é?" e ela replicou "Pediu primeiro". Daí eu levantei e fui embora e que se dane que eu estava esperando algo e não estava lá a toa, dane-se mesmo, eu fiquei muito braba porque quando sou eu em relação aos outros ela é sempre muito justa mas se é ao contrário ela nem disfarça suas predileções. Eu estou de saco cheio, do fundo do coração. Nunca vou esquecer a pulseira com máscaras venezianas que, se ela ao menos tentasse disfarçar, hoje seria minha, mas como ela não dá a mínima, agora é do armário. Se é que ela já não deu a pulseira pra elas sem que eu soubesse. Espero que ele(as) faça(m) bom proveito dela. Eu pretendo cumprir, a partir de hoje, a promessa que fiz a mim mesma há muito tempo, se tratava de nunca mais esperar nada da minha família - exceto da tia Sandrinha que sempre tem boas surpresas - não contar com ela pra nada, nunca. Se houverem boas surpresas, ok, caso contrário, pelo menos eu não me decepciono pela quatrocentésima nona vez. Incrível é que todas as atitudes que tomo - principalmente as radicais, tipo abdicar completamente de relacionamentos românticos - são pra que me decepcione mesmo. Mas as decepções vem de todos os lados. Vou me espelhar em Schopenhauer, mas sem o poodle, porque com o poodle era capaz dele me morder e eu morrer de depressão.

2 comentários:

Jenny Souza disse...

Schopenhauer tinha um poodle ?
Sempre quis saber mais sobre ele, pois sei nada, mas saber que ele tinha um cachorro fez a diferença, seriously. :}

Olha essa coisa de familia que não mora na mesma casa, pois classifico assim familia sabe "familia que mora na mesma casa"- "familia que não mora", então essa parte dos que não moram, sem duvida, não espero nada deles desde os 5 anos de idade (tive que aprender cedo) e no fim, só tenho surpresas boas, pois nunca mais me importei...não esperar nada das pessoas em geral, seja sempre a melhor opção, certeza.

Beijos querida.

Ferdi disse...

Tinha. :D

Eu não, porque na verdade é quase tudo uma casa só, enfim..

Não esperar nada é sempre a melhor opção [2] mas se arrumar pra caso as pessoas te chamarem também. oianh?

Enfim, beijo, beijo. :*