quinta-feira, 11 de junho de 2009

E tu me atraiçoas!

"Ó mais celerado dos homens. Eu que te salvei a vida como sabem todos os gregos que embarcaram contigo no navio Argo." Não, eu não salvei sua vida e nem fiz nada por você. Amigos: Eu dizia que sim e te guardava a honrarias. Guardava nosso projeto de amizade com um carinho e fragilidade de fino cristal. Então você me cobrava explicações que amigos gostam de saber e eu dizia com prazer, mas você mentia nas suas. Você usava bordões meus pra me ferir com outro qualquer que não o valia. É, talvez eu tenha sido precipitada, mas eu cansei dos enganos da vida e por mais que esse talvez seja mais um deles, prefiro arriscar e errar me protegendo do que mais uma vez dar de cara com o fim de um abismo de não-considerações e mentiras. Sim, é isso que eu espero de você, quem mente uma vez, mente mil. E eu não vou averiguar, por mais injusto que soe, eu não vou falar mais nada. Você nasceu há alguns meses pra mim e hoje, 12 de junho de 2009, está morto, morto sem lembranças ou lamentações. Morto e esquecido. E verde. E putrificado pela sua própria podridão. Obrigada por morrer antes de se tornar de fato importante pra mim, obrigada por morrer antes de ser mais que uma sombra, até uma certa consideração em toda a sua falta dela.. Espero que você não questione e me deixe pra sempre em paz, estou cansadas de ouvir choros desculposos ao telefone, estou cansada de drama e hoje corto pela raiz o que nem tinha saído pra fora da terra. Não é uma despedida, é uma carta ao esquecimento sobre quem já nem lembro..

Nenhum comentário: