terça-feira, 20 de outubro de 2009

Tédio.

A mosca que passava irritava, A moça que pisava: ódio. O passo no corredor dava angústia, A mais meiga das vozes era tédio. Abandono, omissão, pra um bem maior, Pra não surrar ela ficou omissa, Ele dormiu um sono quase magoado, Acordou lindo. Ela tentou dormir, Tentando de novo só ficar sozinha, Ele falava e falava, Ela abraçava e respirava fundo. Era amor, óbvio amor, Mas haviam sentimentos inexplicáveis afligindo seu peito, Era quase enlouquecedor, Enlouquecia a dor, O seu grito sem voz. Ele não merece seu descaso, Seus pitis violentos e choros de solidão, Ele não merece vê-la daquele jeito e ela - que procura, sim, o equilíbrio - então respira. Respirou tanto que não quer mais respirar. Quer gritar, rasgar faces. O passo no corredor é ódio. E talvez ela só precise dar umas voltas por aí..

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso é falta de suco.
suco de beber e comida de comer.

Ferdi disse...

Boa idéia, vou anotar em algum post-it: "em caso de tédio, beba suco".