terça-feira, 31 de maio de 2011

Tudo que é mau acaba em sorrisos.

Tem coisas e gentes que me inspiram.
Tipo esse rapaz.
Esse rapaz apareceu no cinema, porque tudo de realmente especial na minha vida, sempre terá algo de cinematográfico.
Pra mim ele era o "moço das botas" e pra ele eu era a "menina da calça rosa".
E eu sempre prestava atenção no moço de botas porque ele me parecia tão tímido, inteligente e encantador, sabem?
Sabem aquelas pessoas que tem um sorriso de dentes pequenos e te lembram seu irmão mais novo? Bem, ele era assim, o moço mais encantador da Terra naquela época.
E então eu, que achava que ele estaria ali aquecendo meu coração só até o curso acabar, ganhei esse melhor presente do mundo, que foi justamente fazer parte das pessoas que fazem parte da vida dele.
Conversávamos por horas e horas e nada era mais feliz para mim do que chegar em casa e ver se ele havia mandado e-mail novo. E sempre havia.
E eu que andava tão tristonha, tão gelada e tão morta por dentro, passei a sentir tudo de novo, mas de uma maneira calma e sem expectativas, ele sempre seria das pessoas mais importantes e isso sempre seria o suficiente para mim. E sempre é.
Falar com ele por dois minutos faz meu coração mais quentinho que berço de bebê, faz meu sorriso brilhante e eu esqueço todos meus medos, sinto sempre como se ele pudesse me salvar, mas não como se eu precisasse disso.
Merci, Luks :)

domingo, 29 de maio de 2011

Do que nem lembrava que era dor.

Eu te odeio e você é tudo que eu nunca quis ser, você é meu melhor exemplo inverso e tudo que eu queria é que você fosse atencioso como o meu avô é, que você cuidasse de mim, se importasse comigo por alguns momentos talvez, queria que você fosse capaz de olhar, nem que fosse por um segundo, pra alguma coisa diferente de você. Eu te odeio tanto e tão do fundo do meu coração.
(...)
Te odeio muito, profundamente, mas você não precisa mais ficar aqui e me magoar, você pode ir embora e morrer porque eu realmente te odeio e quero que você finalmente vá embora, porque eu te amei tanto, e você me abandonou de maneira tão injusta, eu te odeio.
Ódio represado malemá por 2 anos. Ódio que ninguém nem sabia.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Eu sou uma pessoa tão feliz que chega dar pra desconfiar. De fato. Na verdade eu sou só essa pessoa rancorosa e assustada que sempre acha que todo mundo vai fazer o favor de me abandonar e me deixar sangrando pra morte, eu sou sempre essa pessoa dramática e triste que tem tantas tristezas que não consegue admitir e nos últimos tempos, por conta disso, por conta de nunca se sentir realmente segura, ganhei uma gastrite nervosa. Uma gastrite nervosa por ter ódio de pessoas que não necessariamente fizeram algo contra mim ou sabem que eu existo, esse ódio constante e esse medo de perder, essa raiva que me faz alucinar de dor, de medo, de raiva mesmo, sabe ódio do músuclo tremer, de querer matar e gritar com a pessoa e bater nela? Eu mais do que qualquer ódio, odeio odiar, porque ódio é o sentimento mais burro do universo, ódio só afeta quem sente, o ser odioso e odiado nem sequer sabe que é objeto de tamanho repúdio, o ser odiado é abstrato muitas vezes e o ser, os seres odiados vão me matando dia após dia, devagarzinho, lentamente e com sorrisos espalhados pelo mundo.
Ultimamente eu procuro não pensar sobre nada, que é pra não doer, não odiar, não sofrer mais e mais. Esse medo constante, essa dor em lugares que eu sequer sabia que poderiam doer, essa ânsia de alguma coisa que acabe com esse medo, mortes, sabe? Mortes que não acontecem e nem acontecerão nos próximos sei lá quantos mil anos e a questão não é essa, o medo só existe porque existe em mim, porque de alguma forma que eu gostaria de saber controlar, eu deixo ele existir, se apossar, me tirar o sono e a vontade de viver. E por causa de todo o ódio e todo o medo que eu tenho chorado tanto, mas explicar isso me humilha e me dói mais. Me faz menor.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Moço.

Ele entrou e eu pensando "é maluco" e se confirmou.
O moço que me lembrou o passado duplamente, me pegou pela mão e me chamou pra dançar, ele sabia meu nome mesmo sem ter como e tinha um sorriso calmo.
O moço não sabe que eu sou menina pequena e insiste em pegar na minha mão.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dia bom.

Às vezes eu me esqueço de como é fácil ter um dia bom e fico no comodismo dos dias ruins e do ter do que reclamar.
Mas então eu me enfezo e tenho o melhor dia, assim, sozinha, sem precisar de ninguém.
A graça é que sempre que eu resolvo ter um dia MEU que será bom, acabo contando com surpresas ótimas. Como amigos encontrados no meio da rua, gatos pulando amistosos e coisas simpáticas de toda a sorte.
Acontece que ontem meu dia bom não foi só bom, foi decisivo. O dia gritou pra mim que eu tinha que voltar a fazer o que eu amo fazer e se alguém adivinhar o que é não ganha um doce, porque acho que até o padeiro aqui da esquina que nunca falou comigo pralém de "quantos pãezinhos?" sabe. E eu não tenho muitas balas e sempre cumpro minhas promessas, então, né. Pois é.
E já que eu me vicio em coisas boas hoje também está sendo um dia bom, um dos bem ótimos com mudanças e tudo, filmes e corridinhas e até fotos em cabines fotográficas, porque eu sou muito genial (como todo mundo é) pra ficar em casa me lamentando, ao invés de viver.
O livro que me gritou a vida, foi Franny & Zooey, então deixo minha dica a respeito. Leiam!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

53 dias e um gato.

Acordar em cama estranha e trocar, do lado mais conhecido.
Cama gelada, coração quente.
Rolar por mais 5, mais 10, mais 12, mais 2 horinhas.. acordar contente.
Fazia um sol tímido e gelado, fazia um céu azul e alegre, o verde estava mais verde e meu coração estava tranqüilo.
Tomei um gole de nada e fui ansiar aquela coisa que anseio desde sempre e que parece que chegou mas não está mais aqui.
 Passei o dia sorrindo, vendo o pôr-do-sol, minha árvore e um gato.
 É que me apareceu esse gato que mais parece um cachorro, é um gato carinhoso que deita com a barriga pra cima pra gente fazer carinho, é o gato mais bonito da Terra.
Ele vem quando a gente chama, ele pede carinho, ele faz cócegas na gente.
Me apareceu esse gato.
E como se não bastasse o gato nós - nós de sempre, que eu amo um tanto, eu minha tia e meu irmão - nós compramos um monte de chás e guloseimas e viemos aqui pro apartamento mais legal do mundo pra conversar e ficar mais feliz, mesmo meu irmão estando com besteira.
Minha tia disse: "você tem que estar com alguém que ache que estar com você é a melhor coisa do mundo".
Minha tia faz piadas parecerem ter graça e eu não estou achando graça de passar 53 dias longe dela. O consolo é que terão perfumes, chocolates, chás e fotografias na volta.
Mas eu ainda acho 53 dias um exagero.