quarta-feira, 20 de julho de 2016

Beco do Batman

Segunda-feira eu fui com o Renan, meu noivo, Biel, meu irmão e o Vivente, meu padastro, no Beco do Batman, um ponto turístico aqui da cidade de São Paulo.
O Beco do Batman passou a ser conhecido assim depois do aparecimento de um grafite do Batman nos anos oitenta, alunos de artes plásticas acharam a ideia interessante e começaram a enfeitar as vielas Afonso Gonçalo e Medeiros de Albuquerque com as mais diversas cores e desenhos.
Hoje em dias os grafites são autogeridos, os artistas e moradores do bairro é que cuidam da manutenção da beleza das vielas. Olha só:




























O passeio é muito agradável de fazer, muita coisa bonita pra olhar, mas também muita gente, segunda-feira, às 14h tinham pelo menos 50 pessoas além de nós.
Fiz um vídeo no meu canal a respeito desse passeio, olha só:
  

Nos arredores do bairro também tem muito lugar legal pra conhecer, recomendo!

sábado, 16 de julho de 2016

Cheiro de chuva.

Dizem que vem de uma bactéria.

O cheiro da mudança do tempo eu sempre associei com tudo melhorando.
Cada tempo tem seu cheiro.
Tem cheiro de natal.
Tem cheiro de bruxaria.
Tem cheiro de "devia estar no Porto".
Tem cheiro de quando a gente tá cansado, de quando a gente vai chorar no canto.
Cheiro de cangote de gato, de bebê recém nascido.
É triste como as coisas morrem.
Cheiro de comida quando a gente tá com fome e de doce quando a gente já comeu.

Eventualmente eu tenho umas alergias prolongadas a sabe-se o quê e paro de sentir os cheiros.

Cheiro da praia.
Cheiro de cabelo de cachoeira.

Nada traz umas sensações super pesadas quanto o cheiro, talvez a música.
Tem cheiro de música também.
Quando você sai do banho e passa aquele creminho com cheiro de amor e fica toda se sentindo absolutamente linda por umas 3 horas inteiras.

Você senta pra fazer as coisas e o vento vem te abraçar todo consolador, parece que sabe que você precisa de colo, de ninguém bravo, de carinho e abraço. parece que sabe.

Ultimamente eu tenho achado as comidas todas iguais, é como se eu fosse incapaz de cozinhar além das 5 receitas padrão, uma das quais é miojo.
Parece que até no meu paladar eu tô enlouquecendo.
Vai saber, às vezes tô.

Às vezes eu tô precisando que um gigante me pegue pelo pé e me chacoalhe de cabeça pra baixo.
Acho que seria, no  mínimo, reconfortante. Sem contar a possibilidade de quebrar.
Eu tenho desespero de coisas quebrando, pessoas eu gosto, coisas me desesperam.
Não nasci pra era da obsolência programada.
Não nasci pra era nenhuma.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Outros mundos.

Ajuda que aqui nem sempre seja aqui mesmo.
Ajuda que a gente possa colher ingredientes, transformar em poções, vender tudo pra comprar nossa casa e, quem sabe, adotar uma órfã.
Não ontem, mas vou ler mais a respeito.
Ás vezes, é como se a vida lá fosse mais viva que aqui, sonhei com isso.
Quando as coisas ficam difíceis você pausa e abre outro, agora a história é terrível, bíblica, a mãe que recebe de deus a ordem de matar o filho, mas nesse jogo você ganha, você consegue lutar contra o que te assusta, até gold você consegue acumular.
A alternância de realidades me ajuda a suportar a main quest da vida, pena que aqui eu ainda não achei clairvoyance e o menu do mapa não está abrindo.
Mas o dos outros está e é um alívio.
Um garotinho de fazenda ajuda os vizinhos pela cidade pra ganhar o suficiente pra um presente pra irmã, um bonequinho que conforme supera obstáculos uma música e um arco-íris bonito se formam.
Cada personagem, cada cenário, cada corrida perdida por conta de uma tartaruga azul na linha de chegada, cada fuga daqui permite que eu viva aquelas horas que fugi todas juntas.
Quando eu era pequena eu tinha certeza que era uma bruxa.
Ainda não tinha lido Harry Potter, até porque ele ainda não tinha sido escrito, mas eu jurava que, toda noite, ao invés de dormir, eu entrava em um portal que ficava na árvore da casa da minha avó, tinha um escorregador que levava eu e todas as crianças do mundo pra uma escola, pra diferentes escolas, aprender magia.
Os diretores da escola que eu frequentava era o Zordan e a Carlotinha, eu tinha até um livro de receitas e magia, ganhei do McDonalds, me ensinava tudo, era de onde eu tirava minha lição de casa, passava a tarde inteira, deitada no tapete, com a sombra da Linda (pitangueira já citada nesse texto) incidindo sob o chão, escrevendo feitiços, receitas de poções, qualquer coisa que me permitisse viver longe desse universo.
Universo onde cabe matar 80 pessoas em um dia de comemoração.
Universo onde a representatividade feminina na política é tão pequena que o governo faz propagandas pedindo pras mulheres se candidatarem e ainda assim a gente não se candidata "não vale a pena", ser tão desrespeitada e calada dói bastante.
Universo onde é ok assassinar bilhões de criaturas inocentes e devorar seus cadáveres em nome da gula. E quem se recusa que é ostracizado.
Universo em que vítimas de estupro são chamadas de vagabundas.
Onde é normal invadir o país alheio e matar a população civil, deixar milhares de órfãos, milhares de pessoas partidas em pedaços.
Universo de gente que se acha tão importante que acha que o planeta é seu, aprisionamos baleias pra tirar selfies com elas, separamos mães de seus bebês pra parecermos ricos no insta.
Universo onde filhos tem vergonha do afeto dos pais.
Universo em que pessoas são assassinadas por amarem alguém do mesmo sexo, por terem a pele da cor negra.
Universo em que a hiperssexualização de crianças causa revolta contra a criança.
Em que é normal abandonar animais.  É normal escravizar animais. É normal vender os bebês de animais.
Universo onde o que é considerado bonita é a mulher despida de toda sua força, cadavérica, precisa se mutilar, passar fome pra ser aceita.
Universo em que homem amoroso é humilhado e ofendido.
Universo em que crianças odeiam outras crianças, se juntam pra machucar outras crianças.
Universo em que os absurdos são tão incontáveis que eu vou parar por aqui.
Eu prefiro a fuga.
Eu prefiro meu vídeo-game.


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Cada dia mais.

Mais pesado, claustrofóbico e confuso.
Cada dia mais.
Odioso, amargo e doente.
Cada dia mais minguado.
A luz que nunca vai embora cada dia mais apagada.
A noção de que as coisas melhoram cada vez mais distante.
Não é a vida. É a expectativa de vida que projetam em mim e que morre.
É o "mas tem que", é o "de preferência para" é o... você realmente não entendeu?
Eu não vou conseguir ser o que os outros, os outros, os outros.

Quando eu era criança minha brincadeira preferida era fingir que meu avião tinha caído, meu navio naufragado, agora eu estava a deriva, no mar, só eu e meus bichinhos de pelúcia, que eu tentava salvar, era cansativo, ele caiam no mar,  às vezes, eu caia no mar e as ondas, as ondas bravas, mas sempre nós, eu e os bichinhos, eu e mais ninguém, perdidos no mar.
Eu sentia que minhas pelúcias eram plenamente capazes de me ajudar e só elas, quando eu tentava colocar outras crianças nessa brincadeira era inviável, durava dois minutos e já queriam fazer outra coisa.

Tem uma laje na casa da minha avó, dá pra rua e eu gostava de sentar lá, com os pés balançando pra fora, alguns metros acima do chão, pensando na vida, às vezes, cantando, vendo a vida passar...
Os vizinhos achavam que só uma criança retardada passaria tanto tempo olhando o tempo passar, falaram isso pra uma das pessoas que mais cuidou de mim e ela, brava, disse que não, "Não tem nada de errado com a Fernandinha". Mas deve ter sim.

A sensação é que o mundo não me queria aqui tanto quanto eu não queria estar no mundo.
Cada dia mais.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Câncer.

A gente só é feliz quando criança.
"Aproveita!", os adultos me diziam e eu pensava "Que bobagem!".
"Quando a gente cresce, os problemas crescem junto".
"É só resolver, ué". Era o que eu realmente pensava, o que esceram de me contar é que, às vezes, o problema é de saúde e simplesmente não pode ser resolvido.
Eu perdi meu primeiro parente próximo quando ainda bem novinha, uns 5 ou 6 anos, não entendi direito o que tinha acontecido e, quando entendi, já tinha me conformado.
A próxima vez que isso aconteceu foi especialmente chocante.
Foi no dia do meu aniversário de 10 anos, minha tia, mãe das primas que eram minhas melhores amigas, morreu sem ar e eu acordei com a notícia.
Até então eu nunca tinha visto meu pai chorar.
Mas minha mãe chorava sempre, foi dela que eu puxei isso, e nos 15 dias após a morte da minha tia ela continuava chorando como se soubesse de alguma coisa.
O meu tio Jânio era um grande amigo meu, irmão da minha mãe, super forte e brincalhão, me levava nas pracinhas no cano da sua bicicleta, fazia alguns anos ele morava na praia com o Cris, meu primo, eles estavam claramente felizes, ele trabalhava como agente carcerário e um dia, voltando pra casa feliz e contente, o ônibus da prisão foi metralhado.
Ele levou um único tiro, na aorta. Contam que com o stress do evento ele só percebeu que estava machucado depois de ajudar todo mundo a descer do ônibus e chamar uma ambulância.
Ele foi a única pessoa desse acidente que morreu.
Isso exatamente 15 dias depois do meu aniversário de 10 anos.
Eu achei que minha família inteira ia morrer, a cada 15 dias morreria um parente por parte de pai, depois de mãe e assim ia até acabarem todas as pessoas que eu amava.
Foram 15 dias de muita agônia, mas logo eu percebi que ia ficar tudo bem.
E ficou mesmo, por uns bons anos ninguém morreu.
Quando eu fiz 15 anos o Alzheimer começou a atacar minha vó, mas todos os médicos diziam que, apesar do Alzheimer, a saúde dela era de ouro. E ela continuava me dando muito amor.
Depois disso eu fiquei uns bons anos tranqüila de novo, nenhuma nova doença na família, nenhuma preocupação muito exasperadora, tudo ok.
Até 2013. 2013 minha tia revolucionária, sempre feliz, casada com o homem mais legal do mundo, o tio que me ajudou a ter todo esse amor por literatura, minha tia esquerdinha, dos saraus, do piano, uma das tias que eu mais gostava, a irmã mais velha da minha mãe, a pessoa que quando ela era bebêzinha chamava de mãe também, do nada, sem mais nem menos, foi diagnosticada com câncer no cérebro.
Ninguém da nossa família nunca tinha tido câncer, por parte de pai sim, mas de mãe? Ninguém.
Eu nem acreditei direito, eu não tive ideia de como lidar com isso, não conseguia prestar um segundo de atenção numa faculdade que eu já não gostava, pra mim não fazia nem sentido o que estava acontecendo, enfim...
Ela morreu depois de 6 meses que descobriram.
E como se não bastasse, um primo meu, o Marcel, 33 anos, filha neném, 0% de gordura corporal, mais forte que um touro; morreu também.
Assim, do nada, alguns meses depois da tia Alzira.
Ele simplesmente sofreu um acidente de carro e deixou de existir.
A mulher dele ficou pedindo ajuda sem sucesso durante horas.
Foi absurdo. 2014.
2015 não foi menos pior, a tia Darcy, a pessoa que eu vi durante quase todos os dias da minha vida, minha vizinha, tia companheira, professora de biologia, diretora das Emeis, uma das pessoas mais generosas e cuidadosas e amorosas que eu conheço: câncer.
Dessa vez, pelo menos, não com uma sentença de morte.
Um câncer no rosto, foi operado, mas ainda agora em 2016 causa um enorme desconforto, ontem ela passou por outra cirurgia, pra tirar mais um nódulo que apareceu, a cirurgia foi um sucesso e eu realmente sei que ela vai se recuperar dessa, mas imagina você passar por isso, ver alguém que você ama passando por isso, a preocupação.
E o Bowie. Mesma doença.
E minha vó. Minha vózinha também foi embora.
Depois de 9 anos com Alzheimer, com toda a saudade dos olhos vivos acumuladas durante todo esse tempo a gente teve que enterrar aquele corpinho tão pequeno, tão fragilzinho, tão despido de vó Sirlei.
Minha vó tinha os olhos muito claros e muito vivos, estava sempre com o cabelinho dourado, todo cacheado, muito bem bonito e arrumado, sempre cheirosa e macia.
Ela cuidava de mim como se fosse minha mãe, com o maior amor do mundo. E foi embora. Agora de vez.

Sei lá, acho que os adultos tinham toda a razão, só é possível ser feliz quando criança, ou pelo menos despreocupado.
Hoje em dia eu vou dormir e fico um monte de tempo pedindo e mentalizando saúde pras pessoas que eu amo, até que algum dia elas não vão ter mais.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Dor de cabeça

O dia acordou feliz e logo mudou muito.
Àgua no rosto, escorendo quente e desamparada, como se ninguém no mundo soubesse ou se interessasse.
Uma cortina dupla de mágoas e planos não concretizados, como um jardim onde a grama tivesse esquecido de crescer.
A melancolia da existência é inerente a todos nós, ele me disse.
Disse também que extirparam nossas raízes e qualquer noção de conforto que pudéssemos achar no mundo.
O rio é frio e fundo, mas também tem uma cor que ninguém entendeu, ninguém reparou.
A inevitável decadência do ser.
Ou só será transformação?
Nosso melhor palpite não passa disso.
E os dias não passam disso.
Os dias não passam, as mágoas também.
É como se o seu espírito fosse uma força de pedra que não te deixa mover até se estilhaçar.
É a voz chateada dos planos mal planejados. De novo? Hoje também?
Sim, mas semana que vem...
Eu tenho aula.

domingo, 10 de julho de 2016

Pra quê?

O google acha que eu escrevo de menos.
Aparentemente eu deveria ter mais letras por aqui e tudo mais.
Uma coisa que eu sei que o Google gosta é frequência, escreve todo dia que ele fica mais feliz com você.  Escreve toda hora.
Essas coisas significam várias coisas pra mim.
Ele disse que eu coloco fotos demais, sendo que a poucas fotos que tenho aqui são dos meus avós, numa celebração de amor bem bonita até, não sei, fiquei triste com a notícia.
É como se nada do que eu produzisse tivesse qualquer valor pra qualquer pessoa nesse mundo.
Eu me sinto bem sozinha nesse mundo de empresas.
É como se toda contribuição social viesse de pessoas que estão em cubículos deixando os milionários ainda mais milionários e nunca fazendo nada realmente prazeroso.
"Tem gente que gosta".
E tem gente que se suicida aos 29 anos por conta dessa lógica,
Ou vive a vida inteira achando que eventualmente alguma coisa vai acontecer e
Nada
Nunca
Acontece.
"A pessoa tem 24 anos e não tem um emprego",
Não interessando se eu já tive pelo menos 5 dos convencionais, não interessando que eu trabalhe todo dia da minha vida, não, socialmente eu sou inútil, eu sou uma piada.
Não precisa levar em consideração que todos os empregos convencionais que eu tive me fizeram mal a ponto de sair de cada um deles chorando e pensando seriamente que se a vida é isso eu não queria mais viver.
"A vida não é só isso", claro, tem sempre meia horinha cansada que você pode assistir uma tv ou ir pra um bar, genial.
Me irrita que essa lógica sequer abra espaço pra gente que nem eu.
Ou é numa empresa ou, mesmo com o projeto na mão pronto e um monte de risada alguém ainda vai te dizer pra cadastrar o currículo no site da Nestlé porque uma corrente de whatsapp diz que eles estão contratando.
A vida sem centavos também é bem difícil de viver, porque você nunca sabe o que vai te acontecer, e se meu instrumento de trabalho quebrar? E se eu ficar doente? E se meus gatos ficarem doentes?
Às vezes você não consegue comprar um remédio, às vezes não tem gasolina pra sair de casa, sua avó morre e a última vez que você tinha visto ela fazia mais de 3 semanas, às vezes não dá pra ir ver o seu irmão.
Mas ao mesmo tempo é um pouco de resistência, é um força contrária a lógica do capital, é uma pessoa que não consome, dinheiro a mesmo que um empresário passa pro outro.
Nós somos tipo formigas que trabalhamos incansavelmente, mas não pro inverno, pros outros, pra alguéns, que nós não sabemos e nem nunca saberemos quem são, pessoas secretas que detém todo a sua existência.
Eu sou chamada de idealista infantil e louca com muita muita frequência, eu ainda acho possível sair dessa lógica, talvez eu seja só burra, vai saber.
Sei que é difícil, mas só por causa dos outros.
O inferno é sempre os outros.
"Você é tão inteligente, esperava m,ais de você",
"Tanto potencial jogado no lixo",
"Uma meninas tão bonita",
Eu sinto como se as pessoas estivessem sempre achando um desperdício que de alguma forma eu tenha nascido inteligente ou bonita ou capaz.
As afobações, o medo, a constante ansiedade.
Me joga em uma ilha sem nenhuma interação humana e nada disso existe mais.
Eu falo até as pessoas ficarem entediadas e não percebo.
Meus amigos nem existem mais, só tenho amizade com parente.
Mas a verdade é que apesar de tudo pela primeira vez em considerável tempo eu tenho as ferramentas necessárias pra quem sabe melhorar, pra quem sabe não precisar mais viver o inferno da ansiedade.
Quem sabe.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Paranoia?

Às vezes, eu sinto, como se estivesse em uma torre.
Começo a ouvir as pessoas lá embaixo, gritando, festejando, comendo e bebendo, fazendo parte de uma grande festa, de uma grande comunidade a qual eu não pertenço.
Eu faço parte, mas não pertenço.
E o meu estômago se embrulha e tudo vai ficando cada vez mais rápido,
eu busco uma sensação familiar, nada, agora não, não estou no clima.
Nem você, não agora.
Suas mãos tremem e você não sabe se o gelo que sente é seu, da morte ou do vento, não se digna nem a tremer, não consegue se chacoalhar pra ver se a sensação melhora.
Fica estática, vira uma pedra.

Mil galhos de árvore acariciam os seus braços, passam por sua pele, rasgam sua pele, rápido, como o fogo.
Você acorda nua no meio de uma floresta que você não conhece, têm animais a sua volta, têm animais te olhando, você se sente uma bruxa, um mago, o louco.

Tudo que anda embaixo de você se esconde no que é oco. No dentro.
É como se fosse uma caixinha de música dentro do meu peito.
A bailarina dança, dança e dança, pra ninguém nunca ver.

A noite está escura, fria e com cantos de louvor entrando pela janela do quarto.
É melhor eu me proteger.

domingo, 3 de julho de 2016

Que tento evitar.

As maldades, das minhas maldades, que eu tento evitar.
Que sugiro esquecer, ignorar, sublimar...
Anoitece e deixa no espaço,
Espaço seco e oco,
Espaço nulo.